Um novo Capitão América está para ser apresentado nos quadrinhos da Marvel. Joe Gomes, o Capitão América Nativo Americano foi mais uma figura criada para conversar com causas sociais dos EUA, mas dessa vez a recepção não foi tão boa. Ao mesmo tempo que o personagem foi criado por uma geocientista apache, muitas pessoas estão se perguntando se é coerente um personagem indígena usar as cores da bandeira americana.
Será que os nativos-americanos querem um representante que usa as cores da nação que exterminou seu povo e se apropriou de suas terras? Esse é um questionamento bem constante na internet desde o anúncio do herói.

The United States of Captain America será uma minissérie de cinco edições onde diferentes versões do Capitão América serão apresentadas. Uma delas, que já falamos por aqui, vai apresentar um personagem LGBT que luta pelas pessoas de rua. Outra personagem bem interessante apresentada foi Nichelle Wright, uma jovem negra da Pensilvânia que também vai usar as cores do líder dos Vingadores.
Joe Gomez foi criado por Darci Little Badger, geocientista da Tribo Lipan Apache, com desenhos de David Cutler, da Primeira Nação Nativo-Americana de Qalipu Mi’kmaq.
O visual do personagem foi baseado nos trajes de dança da Tribo Kickapoo, mas possui as cores da bandeira americana. Apesar da polêmica, existe uma expectativa de que o uso das cores seja bem contextualizado na história.
A sinopse é essa:
“A saga “Os Estados Unidos do Capitão América” começa quando o escudo original do Capitão América é roubado. E quando o misterioso ladrão de escudos visa um marco cultural no Kansas, na esperança de colocar uma mancha permanente na imagem do Capitão América, Steve Rogers e Sam Wilson estão em seu encalço quando encontram o Capitão América da Tribo Kickapoo. Mas há mais na agenda do ladrão do que aparenta e os três Caps podem cair direto em uma armadilha!“.

A polêmica é compreensível e os argumentos de quem é contra a nova representação do herói fazem sentido. Mas é muito importante que a criadora tenha a oportunidade de contar sua história e apresentar sua visão. Principalmente por ser algo dentro de suas tradições.
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