Hoje é o Dia do Batman (ou Batman Day) e resolvi escrever sobre minha história preferida do morcegão: Eu, o Coringa. A história se passa em um futuro quase apocalíptico onde um “Batman” louco reina uma Gotham ainda mais falida e perdida promovendo caças e assassinatos de forma recreativa para a população. A história é contada pela perspectiva do Coringa, que se vê no meio de um jogo onde várias pessoas se vestem de Batman e tentam matar todos os vilões da cidade, da forma que for. O vencedor do jogo pode confrontar o “grande” Batman (visto quase como um Deus) , para tentar ficar com o lugar dele. Nós acompanhamos um Coringa cheio de dúvidas e memórias confusas, que luta contra um sistema podre de um ditador insano, que um dia já foi o herói da cidade.

  

Basicamente, a história fala de um Coringa em busca de sanidade, em uma sociedade absurdamente lunática. Sim, é meio estranha mesmo. E é demais.

Com roteiro e arte de Bob Hall, “Eu, o Coringa” é uma história suja sobre pessoas perdidas. Pode parecer estranho eu recomendar um história do Batman que se passa pela perspectiva do Coringa, mas prometo que é exatamente isso que faz dela um conto MARAVILHOSO sobre uma terra em que o Batman já foi um salvador e a população se tornou tão dependente dele, que transformou a adoração pelo herói numa religião.

Eu, o Coringa possui uma trama com algumas reviravoltas muito boas e uma história fechada. Perfeita para uma leitura rápida e sem muita ligação com qualquer outra coisa que você já tenha lido do Batman. Apesar de ser um universo paralelo, “Eu, o Coringa” contém vários elementos interessantes para serem analisados: O fanatismo quase religioso do povo por seu líder, a insanidade da figura do herói e as práticas socialmente aceitas apesar da violência são algumas das partes que chamam bastante a atenção. De uma forma bem preocupante, talvez.

Conheci “Eu, o Coringa” por acidente, quando achei uma revistinha toda rasgada em um sebo no centro de Florianópolis. Paguei menos de R$2 (?!) pela “Batman: Tempestade de Sangue” e ela estava no meio.

Você pode saber mais da história (se é que você me entende) aqui: