Recentemente estreou o live action de Pequena Sereia e mais uma vez o que mais surgiu entre as reações do filme foi a mesma pergunta: Precisava? O longa recontou a clássica história da sereia Ariel, mas dessa vez filmado com atores e atrizes em carne osso, para reforçar o “realismo” na obra.
E mais uma vez, fica a pergunta: Precisava?
O filme da Pequena Sereia já estava fazendo barulho antes mesmo de estrear por conta de outro motivo. Ariel, a protagonista, foi interpretada por Halle Bailey, uma talentosíssima atriz e cantora que recebeu um hate absurdo por ter aceitado o papel. Por que? Porque ela é negra e a sereia não. A internet, de novo, se mostrou um poço de racismo e alegou um monte de coisa para criticar a escolha. “E a representatividade ruiva?”. Teve explicação “científica” falando sobre como seria difícil alguém que mora no fundo do mar ser negra por conta de melanina. Sim, teve gente usando ciência pra defender cor de SEREIA.
Mas esse não é o ponto. Isso fica para outro texto.
Aqui, o ponto é questionar a necessidade de recontar histórias já tão consagradas, agora na forma de live action. Por que não continuar na animação?
Esse questionamento vem antes de Pequena Sereia. Ele surgiu com o genérico Rei Leão, com o genérico Bela e a Fera. Por que o live action é considerado o próximo passo de uma animação?
Os live actions da Disney são provas concretas de que muita emoção se perde nessas adaptações. Afinal, animações quebram as barreiras do impossível na hora de contar uma história. Animação não tem limite. Você imagina, você desenha. Principalmente em obras de fantasia, isso é algo que POTENCIALIZA a narrativa.
Eu não digo isso para diminuir a atuação de atores e atrizes. Eles também são elementos essências numa história. A questão é que nesses casos estamos vendo histórias que já foram contadas. Aventuras mágicas, com personagens animados super expressivos onde víamos sentimentos em todos os olhares, sorrisos e cantorias.
Algumas coisas nasceram para ser animação
Lembra do olhar de pavor do Simba ao ver a manada pisoteando seu pai? Como um leão realista nos passaria aquele sentimento? Como vamos acreditar que a Ariel tem uma amizade com UM SIRI? Quando se tira os exageros nas expressões, os elementos caricatos, se tira a PERSONALIDADE dos personagens.
Precisamos lembrar que animações também são arte. Também são cinema. Sabe por que Aranhaverso soa tão mais bonito que os bonecos de CGI dos seus irmãos contemporâneos da Marvel? Porque sua produção NÃO TEM LIMITES FÍSICOS.

A Disney sempre foi ótima em nos fazer sonhar. Mas atualmente ela focou em nos fazer gastar. Ela sabe o tamanho de um filme da Pequena Sereia e que muitas pessoas vão assistir, mesmo que ele não saia tão bom quanto os originais. E está sendo assim com filmes de heróis, com Star Wars e com seus live-actions que sempre acabam sendo inferiores aos originais, mas eles não se importam enquanto estiver lucrando.
O novo Pequena Sereia é ruim? Não. Mas não é mágico. Assim como Rei Leão live action não foi. É menos do que já temos de uma história que já amamos.
Então repito: Precisava?
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