O Esquadrão Suicida, de James Gunn, estreou nos cinemas esse ano e chegou há pouco no HBO Max. O filme é espécie de sequência do desastre que foi o primeiro Esquadrão Suicida, ao mesmo tempo que também age como uma substituição nada sútil do primeiro filme. E é justo. O segundo filme tem coração, carisma e principalmente algo que esteve longe de ter no primeiro: Roteiro.
Poucas coisas foram reaproveitas do primeiro filme do Esquadrão Suicida, de David Ayer. A principal é a Arlequina, que de uma forma incrível conseguiu sair como algo positivo daquele filme tão decadente. O primeiro longa do grupo de vilões suicidas falha MUITO em apresentar os personagens. A apresentação de cada um parece um grande Power Point de trabalho de colégio, daqueles que cada aluno leva uma parte e o grupo junta tudo pra apresentar.
Enquanto isso, Esquadrão Suicida 2 aprofunda a história de cada personagem de forma deliciosamente natural. E caótica. A gente sabe que todo mundo ali é vilão, mas mesmo assim é impossível não simpatizar com a jornada de cada um. Enquanto o primeiro filme forçou um sentimento de família entre o grupo de forma completamente desastrosa, o segundo nos passa isso sem nem se esforçar.
Importante: O primeiro Esquadrão Suicida sofreu MUITO com as mudanças impostas pela Warner, a culpa não é do diretor David Ayer
O segundo filme do Esquadrão Suicida mostra o quão bom pode ser um filme sem grandes objetivos. O plot praticamente gira em torno de uma tentativa de não comprometer a imagem dos Estados Unidos por conta de um incidente internacional. Enquanto o outro filme tentou empurrar um desenvolvimento desnecessário da ameaça, o segundo nos apresentou um grupo. Um grupo completamente descartável e desequilibrado.
James Gunn já havia mostrado que sabe muito bem valorizar pequenos personagens com Guardiões da Galáxia. Agora ele fez de novo, com personagens ainda menores. É bizarro dizer isso, mas uma vilã chamada Caça-Ratos 2 foi melhor construída que grande parte dos heróis da LIGA DA JUSTIÇA. Sim, a gente ficou mais sensibilizado com a história de uma criança que dormia com um cobertor de ratos vivos que com a jornada do SUPERMAN.
A sensibilidade e a sutileza de James Gunn tornam O Esquadrão Suicida um filme sem muita importância, ao mesmo tempo que constrói um dos melhores filmes da DC pela Warner.
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