Na tarde de ontem (quarta-feira, 22 de setembro), foi lançado oficialmente para mobile o Pokémon Unite, um MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) com os monstrinhos de bolso mais amados do mundo. Se você ainda não está familiarizado eu explico. MOBA é o famoso estilo League Of Legends. E por mais que isso pareça bastante promissor o resultado não impressiona tanto e irei explicar os motivos disto.

Se você tem o mesmo gosto que eu e ama Pokémon, com certeza já estará baixando o app e experimentando o jogo. O visual é muito bonito, afinal são Pokémon o que é definitivamente sensacional. Se está esperando se divertir imensuravelmente sem parar, aí entra o problema. Se adaptado ao sistema MOBA, você logo vai sacar o mapa do game, uma floresta (jungle) com Pokémon para farmar, conseguir buffs e subir o nível de quem escolher essa rota. Uma rota superior e uma rota inferior. Nas rotas existem as “torres” e o objetivo são elas. O objetivo é MARCAR PONTOS nessas torres. O PVP que rola é sensacional. Cheio de poderes, com dois movesets por Pokémon que podem ser escolhidos antes da partida.

Cada personagem também tem uma característica diferente e uma função: Os atacantes, os suportes, os tanks e os speeders (jungles), como todo bom MOBA. Os atacantes tem um poder para finalizar os adversários, entretanto são mais vulneráveis e o baixo HP fazem deles um alvo fácil. Os suportes ajudam os outros players nas batalhas, alguns com umas características mais ofensivas que outros, mas todos com a função de auxiliar nas lanes e batalhas. Assim como os tanks que costumam ter mais força para tomar danos pela equipe, dar liberdade para os atacantes fugirem e se curarem.

Além dos NPCs no mapa, que existem para recolher a energia que serve para marcar pontos da partida, temos também os especiais, como o ROTOM no topo que te ajuda a levar a lane e quando chega na torre marca 20 pontos para você. Tem também Drednaw na botlane que dá um escudo e muita XP para a equipe. Nos 2 minutos finais aparece o lendário Zapdos, que pode definir o andamento da partida, mesmo que sua equipe tenha perdido mais torres.

Ok. Essa foi a explicação resumida dos jogos e das funcionalidades do principal mapa e modo de jogo de Pokémon Unite.

Agora vamos ao que interessa, uma análise do jogo e o que não empolgou

O lançamento foi ontem e sim, perdi algumas horas do dia jogando até conhecer, entender a mecânica e destrinchar algumas coisas para dar uma primeira impressão. No começo, por ser novidade e eu estar com um Pikachu completamente elétrico correndo por um mapa atrás da equipe inimiga, naquele momento ainda sem compromisso com lane e funções, somente choques elétricos e caçadas desenfreadas pelo mapa. Isso foi completamente satisfatório, animações bem feitas, efeitos sonoros agradáveis, música lembrando as partidas no Gameboy.

Com o tempo comecei a notar uma falta de dificuldade no jogo. Quando cansei do Pikachu, tive a felicidade de descobrir que um dos meus preferidos, Gengar, poderia ser comprado com moedas do jogo. E lá fui eu explorar meu Pokémon fantasma pelo mapa. E novamente uma nova empolgação, entretanto já estava desanimado, pois via que faltava dificuldade.

O negócio é evoluir o mais rápido possível, marcar pontos e farmar os Pokémon especiais quando aparecerem. Assim sem mistério para vencer o jogo. Diferentemente de outros mobas que se precisa montar uma estratégia, não só da movimentação e do game em si, mas também do build set, por exemplo. A partida fica muito mais competitiva e emocionante deste jeito.

Cada partida tem 5 minutos de duração com os 2 minutos finais sendo os cruciais que podem vencer a partida, que é quando o lendário Zapdos aparece. A equipe que der o last hit no Pokémon ganha os buffs que podem decidir a partida inteira, mesmo se você estiver perdendo.

Uma nota de 0 a 10 para o game? Daria um 7. Por ser Pokémon e ter a oportunidade de controlar e ver batalhas em tempo real é muito divertido e um fan service muito bom. Entretanto como um MOBA acho que deve muito na questão desafio e te fazer “pensar”. Claro, foi uma “primeira impressão” ainda não fiz partidas ranqueadas nem joguei organizadamente com amigos, somente com aleatórios, mas senti falta de ser desafiado durante o jogo.

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